A osteoporose caracteriza‐se por uma redução progressiva da densidade óssea, associado a uma deterioração da sua microarquitectura. Além de, aumentar a fragilidade óssea e o risco de fraturas. Saber como tratar, e acima de tudo, saber como prevenir a osteoporose, é de extrema importância. Por isso, hoje vamos abordar o tratamento e prevenção da osteoporose.
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Índice do Conteúdo
Tratamento da Osteoporose
Uma vez diagnosticada a osteoporose, há a necessidade de descobrir a causa, e assim direcionar o melhor tratamento, cujo objetivo é impedir a degeneração e aumentar a resistência óssea, evitando assim, fraturas. Além disso, é importante controlar a dor, se houver.
Algumas classes de medicamentos usados são:
- Hormônios sexuais;
- Modeladores de receptores de estrogênio;
- Calcitonina – inibe a degradação óssea;
- Bisfosfonatos – como Alendronato – aumenta a massa óssea da coluna e do quadril;
- Medicamentos biológicos – que diminuem o ritmo de degeneração óssea.
Além de medicamentos, é necessário que o tratamento englobe o fortalecimento muscular, o treinamento do equilíbrio e adaptações para reduzir o risco de queda. Além de manter as recomendações de prevenção da osteoporose.
Importante: A escolha dessas medicações dependerá do quadro do paciente e da avaliação do seu médico. Siga à risca as orientações do seu médico e nunca se automedique. Todas as classes de medicamentos têm suas vantagens e desvantagens, indicações e contraindicações.
Novidade no tratamento
Um novo medicamento desenvolvido pelas farmacêuticas Amgen e UCB Biopharma foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), no início de abril de 2019. O medicamento chamado Romosozumabe, que pertence a classe dos anticorpos monoclonais, promete agir barrando a perda de massa óssea e facilitando seu crescimento. O medicamento está em processo inicial de análise pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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Prevenção da Osteoporose
Mais importante que o tratamento é a prevenção contra a osteoporose. Medidas de prevenção contra a osteoporose incluem adotar hábitos de vida saudáveis, e devem ser implementadas desde a adolescência, para assegurar uma formação da massa óssea adequada. Algumas dessas medidas podem ser:
1. Ingerir Cálcio
Um mineral imprescindível para a renovação óssea. Sua ingestão, preferencialmente, deve ser através de alimentos ricos em cálcio como leite e derivados, e vegetais como brócolis e folhas verdes escuras. Se houver necessidade é possível fazer a suplementação diária com compridos por via oral.
Uma recomendação é a ingesta de 1000 mg por dia, mas pode variar de pessoa para pessoa. Lembrando que essa ingesta deve ser fracionada ao longo do dia. Um copo de 200 ml de leite apresenta em torno de 250 mg de cálcio, e uma fatia de queijo minas de 100 g apresenta em torno de 680 mg de cálcio.
O Ministério da Saúde recomenda o consumo diário de leite, para a ingestão do cálcio necessário, que varia com a idade:
- Crianças até 10 anos = 400ml por dia;
- Entre 11 e 19 anos = 700ml por dia;
- Adultos acima de 20 anos = 600ml por dia.
Outros alimentos que também contém cálcio, além de leite e seus derivados, são:
- Brócolis;
- Folhas verdes escuras: espinafre, couve, chicória, repolho, rúcula;
- Ameixa;
- Ovo.
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2. Tomar Sol
Para a correta absorção do cálcio dos alimentos e sua incorporação aos ossos é necessário a presença da Vitamina D. Essa vitamina é absorvida através de alimentos, e também fabricada na pele através da exposição aos raios ultravioletas.
A exposição solar ajuda a fixar a Vitamina D no organismo, mas essa exposição deve ser sem o uso de protetor solar, por pouco tempo, 15-20 minutos, e em horários seguros, como manhã e final de tarde. Se houver necessidade pode ser feito a suplementação dessa vitamina. A recomendação é de 800 a 1.200UI diárias dessa vitamina.
As atividades ao ar livre são uma boa fonte de vitamina D.
3. Exercícios Físicos
Os exercícios físicos regulares de fortalecimento e flexibilidade, bem como as atividades aeróbicas, são benéficos. Os exercícios melhoram o tônus muscular, fortalecem as articulações e estimulam a formação de massa óssea, um fator importante para melhorar o equilíbrio e evitar quedas.
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4. Cessar o tabagismo e evitar o excesso de bebida alcoólica
A fumaça do cigarro quando chega a corrente sanguínea interfere no funcionamento das células osteoblásticas dos ossos, impedindo a reparação da matriz óssea. Já as bebidas alcóolicas diminuem as reservas de cálcio no organismo e interferem na sua reabsorção pelo pâncreas.
OBS: O consumo excessivo de sódio e carnes vermelhas também está relacionado ao maior risco de osteoporose. Por isso, a necessidade de uma alimentação saudável e balanceada.
Suplementos de Cálcio X Aterosclerose
Estudos alertam sobre o cuidado que devemos ter com suplementações de cálcio! Um dos estudos mais recentes realizado sobre o assunto, pela equipe do Jonhs Hopkins Medicine, nos Estados Unidos, analisou exames feitos em 10 anos de mais de 2.700 pessoas.
Os pesquisadores concluíram que a ingesta de cálcio por meio de suplementos pode aumentar o risco de formação de placas nas artérias, um processo chamado de calcificação, e consequentemente aumentam os riscos de danos ao coração.
Entretanto, uma dieta rica em cálcio, não apresenta esse efeito danoso, pelo contrário, ela pode proteger o coração. Por isso, mantenha sua consulta médica e dia, e nunca se automedique!
Mitos e Verdades sobre Osteoporose
1. Quem não gosta de leite tem maior risco de desenvolver osteoporose.
Mito. Para prevenir a osteoporose uma das ações a serem tomadas é aumentar a ingesta de cálcio. São recomendados de 1000 a 1.200 mg por dia, que podem ser ingeridos através de leite, ou derivados do leite, brócolis, e folhas verdes escuras, entre outros.
2. Quem tem osteoporose não deve fazer atividade física.
Mito. A atividade física deve ser realizada para melhorar o tônus muscular, o equilíbrio, e aumentar a massa óssea entre outros. O importante é fazer exercícios com certo peso, como musculação.
3. A osteoporose só acomete mulheres.
Mito. Ela acomete ambos os sexos, mas a prevalência é maior nas mulheres. Isso ocorre devido aos ossos femininos serem mais finos, e também pela diminuição brusca do hormônio estrogênio, principalmente após a menopausa.
4. A osteoporose é hereditária.
Verdade. Se há história familiar positiva para osteoporose, as chances de se ter a doença é maior, mas também não significa que obrigatoriamente irá desenvolver a doença.
5. Existe relação entre o colesterol e a osteoporose.
Verdade. Estudos mostram que alguns pacientes com doença cardíaca tem também osteoporose. Uma das hipóteses para explicar esse fenômeno é a relação entre o colesterol LDL, células imunes T e osteoclastos. Em resumo, níveis altos de LDL podem ser indiretamente responsáveis pelo aumento da atividade dos osteoclastos.
6. Quem toma muito leite e faz exercícios físicos regulares, não corre risco de desenvolver osteoporose.
Mito. Há muitos fatores de risco para a osteoporose. Alguns que você pode controlar e outros não, como a carga genética ou até a necessidade de uso de medicamentos crônicos, como corticóides.
Concluindo
A osteoporose afeta a maior parte das mulheres após a menopausa e pode ocasionar uma redução importante na qualidade de vida. Por isso, conhecer tudo sobre o tratamento e prevenção da osteoporose, é um passo muito importante para envelhecer bem!
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