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O Que É Osteoporose
Dia 20 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Osteoporose. A osteoporose é o tipo mais comum de doença metabólica do osso, e é caracterizada por uma redução progressiva da densidade óssea. Essa redução, diminui a resistência do osso, tornando-o mais frágil, aumentando a probabilidade de ocorrerem fraturas. Na maioria dos casos a osteoporose está relacionada ao envelhecimento.
Como Ocorre a Osteoporose
Os ossos são compostos por uma matriz onde se depositam complexos minerais como o cálcio e o fósforo, que os tornam rígidos e densos, além de células responsáveis pelo constante e permanente processo de renovação óssea. Essas células são chamadas de osteoblastos e osteoclastos.
Os osteoclastos são encarregados de absorver os minerais do osso e pequenas áreas de tecido ósseo mais envelhecidas, deixando “buracos” nos ossos, como uma esponja. Por outro lado, os osteoblastos são encarregados de produzir novos tecidos ósseos onde serão depositados nas áreas em que foram anteriormente retirados, ou seja, tampando os “buracos”.
Na infância até o início da adolescência a formação óssea está intensificada e os ossos aumentam em densidade progressivamente. Dos 20 aos 30-35 anos essa formação já diminui, mas ainda há um equilíbrio entre a perda e a formação óssea.
A partir dos 35 anos a perda óssea excede a formação, e os ossos diminuem lentamente em densidade de forma natural. Todavia, devido a alterações hormonais, falta de vitamina D, cálcio e outros minerais, o corpo não consegue manter uma quantidade adequada de formação óssea, fazendo com que o osso perca cada vez mais sua densidade, tornando-se mais frágil e mais suscetível a fraturas. Esse desequilíbrio entre formação e perda óssea resulta na osteoporose.
Os locais mais afetados pela osteoporose são: punho, coluna, braço e colo do fêmur.
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Incidência da Osteoporose
A osteoporose é a principal causa de fraturas na população acima de 50 anos de acordo com o Ministério da Saúde. E essas fraturas podem ocorrer sem um grande trauma, mas suas complicações podem ser fatais.
A osteoporose se manifesta em ambos os sexos, mas afeta especialmente as mulheres após a menopausa, devido a queda brusca na produção do hormônio feminino, estrogênio.
A prevalência da osteoporose e a morbidade e mortalidade decorrentes de suas fraturas, aumenta todo o ano. Estima-se que mundialmente 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima dos 50 anos de idade desenvolvem a osteoporose.
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Classificação
Osteoporose Primária
É a forma mais comum de osteoporose e sua principal causa é a redução de estrogênio.
Os ossos recebem forte influência do estrogênio, um hormônio feminino, mas que também está presente nos homens, mas em menor quantidade. O estrogênio ajuda a manter o equilíbrio entre a perda óssea e a sua formação, através da fixação do cálcio.
Na menopausa como ocorre a diminuição brusca do estrogênio, os ossos passam a se descalcificar, e diminuir sua regeneração, tornando-se assim mais frágeis. Por isso há uma maior prevalência da osteoporose em mulheres.
Nos homens, o esqueleto praticamente é o mesmo até os 40 anos, devido ao hormônio masculino, chamado testosterona, que barra o desgaste ósseo. Esse hormônio, ao contrário do estrogênio, diminui suas taxas ao longo dos anos, mas lentamente, podendo aparecer os sinais de osteoporose a partir de 60 a 70 anos.
Osteoporose Secundária
É caracterizada quando a perda de massa óssea tem a relação com outras doenças de base. Algumas que podemos citar são: hipertireoidismo, artrite reumatóide, alterações endócrinas, certos tipos de câncer, como o mieloma múltiplo, entre outras. Além disso o sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e alguns medicamentos contribuem para essa perda óssea.
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Fatores de Risco da Osteoporose
Os fatores de risco, de uma forma geral, tendem a alterar o equilíbrio entre a perda e a formação óssea, seja por, aumentar o ritmo de perda óssea, ou diminuir a sua formação. Alguns fatores podem ser:
- Baixa exposição solar;
- Consumo de álcool em excesso;
- Dieta pobre em cálcio e/ou vitamina D;
- Deficiência na produção de hormônios;
- Histórico familiar de osteoporose;
- Idade avançada;
- Imobilização e/ou repouso prolongados;
- Magreza;
- Raça branca ou asiática;
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Medicamentos como: corticóides, heparina e anticonvulsivantes (contra epilepsia);
- Doenças como: diabetes, artrite reumatóide, leucemia, linfoma, disfunções da tireóide, doença celíaca, doença crônica renal, entre outras.
Atenção: existem outros fatores de risco, mas que devem ser avaliados pelo seu médico, durante a consulta clínica.
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Sinais e Sintomas da Osteoporose
A osteoporose é uma doença silenciosa, que na maior parte dos casos, evolui sem sintomas. Em geral, os primeiros sinais e sintomas só são percebidos numa fase mais avançada e podem incluir:
- Deformidade óssea;
- Dor crônica;
- Fraturas;
- Redução da estatura;
Infelizmente esses sinais e sintomas podem diminuir a qualidade de vida do paciente. Por isso a detecção precoce e a prevenção devem ser otimizados.
Se você apresenta um ou mais dos sinais e sintomas citados acima, procure o seu médico para um correta avaliação, investigação e tratamento.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base na história clínica atual, no exame físico, exames laboratoriais e exame de imagem. Entretanto, geralmente o diagnóstico é feito após a ocorrência da primeira fratura, pois os sinais da instalação da osteoporose não são claros.
O ideal é que sejam feitos exames preventivos, para que ela seja diagnosticada antes de ocorrerem fraturas. Para isso, deve-se manter um acompanhamento médico regular.
O exame de imagem fundamental para a confirmação do diagnóstico de osteoporose é a densitometria óssea.
A densitometria óssea é um exame não invasivo que libera raios X, e realiza a medição da densidade mineral óssea da coluna lombar e do fêmur, comparando com os de uma pessoa normal com o mesmo peso, sexo, altura e idade.
O ideal é fazer comparações com resultados de densitometrias anteriores, para identificar o ganho ou perda de massa óssea. O resultado da densitometria pode ser:
- Normal: densidade mineral óssea dentro dos padrões de normalidade
- Osteopenia: quando essa perda de massa óssea é mais leve. A densidade mineral óssea está entre 1 e 2,5 abaixa do pico de massa óssea.
- Osteoporose: quando a perda de massa óssea é mais intensa. A densidade mineral óssea está acima de 2,5 abaixo do pico de massa óssea.
Quando realizar a Densitometria Óssea
A National Osteoporosis Foundation (NOF), uma sociedade americana, recomenda a densitometria óssea para:
- Mulheres a partir de 65 anos;
- Homens a partir de 70 anos;
- Mulheres ou homens que tiveram fraturas ósseas após os 50 anos (exceto fraturas na face, crânio, tornozelos ou dedos).
- Mulheres na menopausa com fatores de risco;
- Homens entre 50 a 69 anos com fatores de risco.
- Mulheres na pós-menopausa com menos de 65 anos e com fatores de risco.
A densitometria também pode ser necessária em situações como:
- Um raio X da coluna mostrando um osso quebrado ou perda óssea;
- Dor na coluna com uma possível fratura;
- Diminuição da altura de 1,27 cm em um ano;
- Diminuição total da altura original maior ou igual a 3,81 cm
Concluindo
A osteoporose afeta a maior parte das mulheres após a menopausa e pode ocasionar uma redução importante na qualidade de vida. Por isso, conhecer a doença pode te ajudar a se prevenir dela!
Última dica: Saiba tudo sobre o Tratamento e Prevenção da Osteoporose!
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